sábado, 18 de fevereiro de 2012

A Importância do Feedback

IMPORTÂNCIA DO FEEDBACK

FEEDBACK é comunicação de uma pessoa para outra, no sentido de fornecer informações sobre como sua atuação está afetando outras pessoas.

FEEDBACK é portanto, um processo eficaz que ajuda o indivíduo (ou grupo) a mudar o seu comportamento, alcançando seus objetivos mais facilmente.
Para tomar-se realmente um processo útil, o FEEDBACK precisa, tanto quanto possível, ser:


Descritivo ao invés de Avaliativo - quando não há julgamento, apenas o relato
de um evento, reduz-se a necessidade de reagir defensivamente, e assim o indivíduo pode ouvir e sentir-se à vontade para utilizar aquele dado como julgar conveniente.


Específico ao invés de Geral - quando se diz a alguém que ele sempre faz
questão de dominar todas as situações, isto tem menos significado do que indicar seu comportamento numa determinada ocasião: "nesta reunião você fez o que costuma fazer outras vezes, você não ouviu a opinião dos demais e fomos forçados a aceitar sua decisão para não receber suas críticas exaltadas".


Compatível com as Necessidades (Motivações) de Ambos, Comunicador e
Receptor
- pode ser altamente destrutivo quando satisfaz somente às necessidades do comunicador, sem levar em conta as necessidades do receptor. Não se deve usar a oportunidade para desabafar.


Dirigido para Comportamentos que o Receptor possa Modificar- a frustração
será apenasincrementada,se o receptor reconhecerfalhas naquiloque não está sob seu controlemudar.


Solicitado ao invés de Imposto - será mais útil quando o receptor tiver formulado perguntas que os que observam podem responder.


Oportuno - em geral, o FEEDBACK é mais útil quando dado o mais próximo
possível, após o comportamento em questão, dependendo, naturalmente, da prontidão da pessoa para ouvi-Io, do apoio dos outros, do clima organizacional, etc.


Esclarecido para Assegurar Comunicação Precisa - um modo de proceder é
fazer com que o receptor repita o FEEDBACK recebido para ver se corresponde ao que o comunicador quis dizer. Quando o FEEDBACK ocorre num grupo de treinamento, ambos têm oportunidade de verificar com os outros membros se a extensão do FEEDBACK é uma impressão individual ou compartilhada por outros.


Os insucessos frequentes na comunicação interpessoal têm indicado, entretanto, que estes requisitos, embora compreendidos e aceitos intelectualmente, não são fáceis de serem seguidos, tanto no processo de dar quanto no de receber FEEDBACK.


POR QUE É DIFíCIL RECEBER FEEDBACK ?


É difícil aceitar nossas ineficiências e ainda mais admiti-Ias para outros, publicamente. Quase nunca nos preparamos para ouvir. Preferimos falar.

A questão de confiança na outra pessoa é fundamental,   especialmente em
situações de trabalho ou outras que podem afetar nossa vaidade ou imagem.

Podemos também temer o que a outra pessoa pensará a nosso respeito. Podemos sentir que nossa independência está sendo violada ou que o apoio que esperávamos nos está sendo negado.

Quando percebemos que estamos contribuindo para manter o problema e que precisamos mudar nosso comportamento para resolvê-Io, podemos reagir defensivamente: paramos de ouvir (desligamos), negamos a validade do FEEDBACK, agredimos o comunicador, apontando-lhe também seus erros, etc. às vezes, a resolução de um problema pode significar descobrir e reconhecer algumas facetas de nossa personalidade que temos evitado, ou desejado evitar, até de pensar.


POR QUE É DIFíCIL DAR FEEDBACK ?


Gostamos de dar conselhos e com isso nos sentimos competentes e importantes. Devemos pensar no FEEDBACK não como forma de demonstrar nossa inteligência e habilidade, mas sim pensar na sua utilidade para o receptor e seus objetivos.


Podemos reagir somente a um aspecto do que vemos no comportamento do outro, em função das nossas próprias motivações. Isso pode fazer com que nos tornemos parciais e avaliativos, usando o processo de FEEDBACK como desabafo (alívio de tensão) ou agressão, velada ou manifesta.

Podemos temer as reações dos outros - sua mágoa, sua agressão, etc. isto é, que o FEEDBACK seja mal interpretado, pois na nossa cultura FEEDBACK ainda é percebido como crítica e tem implicações emocionais (afetivas) e sociais muito fortes, em termos de amizade, status, competência e reconhecimento social.

Se o receptor se torna defensivo, podemos tentar argumentar mais para convencê-Io ou pressioná-Io. Assim, reagimos à resistência com mais pressão e com isso aumentamos a resistência (defensividade), o que acontece tipicamente em polêmicas que se radicalizam.


Muitas vezes, a pessoa não está preparada, psicologicamente, para receber
FEEDBACK, não deseja ou não sente necessidade. é preciso atentar para estes aspectos, que constituem verdadeiros bloqueios à comunicação interpessoal. Se insistimos no FEEDBACK a pessoa poderá duvidar dos nossos motivos para negar a validade dos dados, racionalizar procurando justificar-se, etc.


REAÇÕES AO RECEBER FEEDBACK


Existem algumas maneiras típicas de reagir que são adotadas frequentemente pelas pessoas, ao receberem uma informação sobre seu próprio comportamento. São elas:


a) Negação: é a atitude que tenta desqualificar o FEEDBACK, negando o
comportamento ou a forma pela qual ele foi identificado. São exemplos:

  • está errado...
  • tabulação tracada...
  • o modelo não serve, é muito genérico...
  • o modelo é americano...
  • eu nunca ajo assim...
  • fiz com pressa... ou à noite... no avião...
  • b) Irritação ou Mágoa: atitude de inconformismo frente ao FEEDBACK.

Exemplos:

  • como podem achar isso, logo de mim...
  • não é possível que me vejam assim...
  • a culpa é de...


c) Indiferença: atitude de ignorar, desprezar ou justificar a necessidade de "ter de agir assim", dadas as circunstâncias.

Exemplos:

  • não acredito nisso...
  • os incomodados que se retirem...
  • sou gerente há 15 anos e sempre deu certo...
  • se você conhecesse a minha situação, acharia que estou certo...


d) Aceitação (Reflexão): atitude de parar para pensar na informação que está
recebendo, independentemente de aceitá-Ia "a priori".

Exemplos:

  • alguém já me disse isso...
  • alguém está tentando me dizer isso...
  • é válido alguém me dizer...


Essas diferentes formas de reagir são também fases normalmente atravessadas pelas pessoas, ao receberem FEEDBACK. Dessa maneira, é normal que antes de chegar à fase da reflexão, uma pessoa atravesse uma ou mais fases anteriores. O tempo que a pessoa fica em cada fase depende do seu grau de maturidade.

COMO SUPERAR AS DIFICULDADES


a. Estabelecendo uma relação de confiança recíproca para diminuir as
barreiras entre comunicadore receptor.
b. Reconhecendo que o FEEDBACKé um processo de exame conjunto.
c. Aprendendo a ouvir, a receber FEEDBACKsem reações emocionais
(defensivas)intensas.
d. Aprendendo a dar FEEDBACKde forma habilidosa, sem conotações
emocionaisintensas.

Todos nós precisamos de FEEDBACK,tanto do positivo quanto do negativo.
Necessitamos saber o que estamos fazendo inadequadamente, como também o que conseguimos fazer bem, para podermos corrigir as ineficiênciase mantermos os acertos.


Os dados subjetivosreferentes a sentimentos e emoções também são importantes no processo de FEEDBACK.Por exemplo: "quando você fez aquilo, senti-me numa situação muitodesagradável", Isto não tem por objetivoinvalidaros motivosda outra pessoa, apenas indicar como a sua ação repercutiuem nós. Não sabemos porque agiu assim, sabemos, porémcomoo seu comportamento nos fez sentir.


Quando recebemos FEEDBACKde uma pessoa precisamos mudar nosso
comportamento de maneira geral ou somente em relação àquela pessoa.