domingo, 8 de janeiro de 2012

Brainstorming

 
É a grande percursora e, provavelmente, a mais conhecida das técnicas de geração de idéias. Foi originalmente desenvolvida por Osborn em 1930.
 

O brainstorming (em inglês, quer dizer “tempestade cerebral”) é baseado em dois princípios e quatro regras básicas.
 
O primeiro princípio é o da suspensão do julgamento, o que requer esforço e treinamento. Dos dois tipos de pensamento humano, o criativo e o crítico. Usualmente predomina o último (Osborn, 1962) o que é, sempre, prejudicial.
 
Assim, o objetivo da suspensão de julgamento é o de possibilitar a geração de idéias, sobrepujando o pensamento de julgar e criticar. Só após a geração das idéias consideradas suficientes, é que se fará o julgamento de cada uma.
 
O segundo princípio do brainstorming sugere que quantidade origina qualidade. Quanto maior o número de idéias geradas, maior será a possibilidade de encontrar a solução do problema. Maior será também o número de conexões e associações a novas idéias e outras soluções.
 
Eis as regras básicas para o êxito de uma sessão de brainstorming:
 
  1. Eliminar qualquer crítica, no primeiro momento do processo, para que não haja inibição nem bloqueios e ocorra o maior número de idéias
  2. Apresentar as idéias tal qual elas surgem na cabeça, sem rodeios, elaborações ou maiores considerações.
  3. As pessoas devem se sentir muito à vontade, sem medo de “dizer uma bobagem”.
  4. Ao contrário, as idéias mais desejadas são aquelas que parecem disparatadas, ”loucas” e sem sentido, no primeiro momento.
 
Essas idéias costumam oferecer conexões para outras idéias criativas e até mesmo representarem soluções.
 
Mesmo que mais tarde sejam abandonadas completamente, isso não é importante no momento da “colheita” das contribuições.
 
No brainstorming, quantidade gera qualidade. Quanto mais idéias surgirem, melhor. Maior será a chance de se conseguir, diretamente ou por meio de associações, as idéias realmente boas.
 
Numa segunda etapa, feita a seleção das idéias, aquelas potencialmente boas devem ser aperfeiçoadas. Nesse processo, costumam surgir outras idéias. Mas lembre-se: derrubar uma idéia é mais fácil que concebê-la.
 
Novas idéias normalmente nascem frágeis: é preciso reforçá-las para que sejam aceitas.
 
Brainstorming: o processo
 
O processo de brainstorming é conduzido por um grupo de 6 a 12 participantes, com um coordenador e um secretário escolhidos.
 
Cada participante recebe, antes da reunião, o enunciado do problema com todas as informações disponíveis.
 
A sessão do brainstorming começa com a orientação aos participantes sobre as regras do jogo, a origem e o motivo do problema a ser estudado.
 
Se o grupo não está acostumado a sessões de brainstorming, é aconselhável fazer um breve aquecimento e, se necessário, é possível redefinir o problema nessa ocasião.
 
Ao se anotar, finalmente, o problema no quadro, é que realmente inicia o brainstorming em si, com duração aproximada de 40 minutos. 
 
Durante esse período, cada pessoa do grupo deve estar estimulada e desinibida para oferecer o maior número possível de idéias, segundo a regra de ouro: é proibido fazer críticas.
 
Todas as idéias devem ser anotadas em local bem visível.
 
O último passo da sessão consiste na seleção das idéias, feita por um pequeno grupo de duas a cinco pessoas, que depois prestará contas ao grupo maior de seu trabalho.
 
Brainwriting
 
Técnica originada no Instituto Battelle, em Frankfurt, é uma variação do brainstorming, com a diferença essencial de que todas as idéias são escritas, trazendo como conseqüência calma e ordem no processo.
 
Foi planejada para evitar alguns efeitos negativos de reuniões, com a influência da opinião dos coordenadores ou de dificuldades em verbalizar rapidamente as idéias (Greschka,1973).
 
Existem diferentes versões dessa técnica, sendo mais utilizada a que se convencionou chamar Método 6-3-5.
 
Um grupo de participantes, sentados ao redor de uma mesa, tem conhecimento do problema através do coordenador. Cada um dos participantes, então, escreve três idéias relacionadas com o problema. Ao fim de cinco minutos, os participantes trocam de papeis, em rodízio.
 
Cada participante, após receber o papel de seu vizinho, tenta desenvolver ou acrescentar algo correlato, com mais três idéias.
 
O processo continua com períodos de cinco minutos para cada participante contribuir, até que cada um receba seu papel de volta. Nesse ponto, o coordenador recolhe os papéis para a seleção de idéias.

 
Brainstorming invertido (sessão pichação)
 
Trata-se de uma simples inversão da regra da “eliminação de críticas”do brainstorming normal.
 
O objetivo é imaginar todos os possíveis problemas que uma determinada solução possa causar.
 
Equivale ao papel de “advogado do diabo” ou a uma verdadeira sessão de críticas (pichação).